Soldados israelenses mataram, nesta quarta-feira (16/6) na Cisjordânia, uma mulher que tentou atacar vários militares - informaram o Exército e fontes oficiais palestinas.
"Uma agressora chegou de carro e tentou atropelar vários soldados (...) Saiu do veículo com uma faca (...) Os soldados responderam atirando", disseram fontes militares.
O Ministério palestino da Saúde confirmou a morte desta mulher, perto de Ramallah, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel.
A agência oficial de notícias oficial palestina Wafa a identificou como Mai Khaled Yussef Afana, de 29 anos, natural de Abu Dis, cidade palestina perto de Jerusalém.
Seu tio, Hani Afana, disse à AFP que a jovem "pegou essa estrada por engano e não tentou cometer um ataque, como afirma a ocupação (Israel)".
"Mai havia se formado recentemente em uma universidade jordaniana, tinha uma filha de quatro anos e não tinha problemas", acrescentou, afirmando que quer saber a verdade sobre os fatos.
Sua morte ocorre em um momento de forte tensão entre israelenses e palestinos.
Nesta quarta-feira (16/6), o Exército israelense atacou posições do movimento islamita palestino Hamas, que governa Gaza, após o lançamento de balões em chamas da Faixa para Israel. Foi o primeiro grande incidente desde o cessar-fogo acordado em maio passado.
Esta nova escalada acontece após uma manifestação de israelenses nacionalistas e da extrema direita. O ato reuniu mais de mil pessoas na terça-feira (15/6), em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade ocupada por Israel em 1967.
No sábado (12/6), um policial israelense matou uma palestina, em um posto de controle na Cisjordânia. E, na véspera, sexta-feira (11/6), um adolescente palestino morreu, ao ser baleado por militares israelenses durante um protesto em Nablus, ao norte da Cisjordânia.