Seul, Coreia do Sul - Oh Keo-don, ex-prefeito de Busan, a segunda maior cidade da Coreia do Sul, foi detido nesta terça-feira (29/6) para cumprir uma pena de três anos de prisão por assédio sexual contra duas funcionárias.
Ele renunciou no ano passado à prefeitura da cidade de 3,5 milhões de habitantes após as acusações de que atuou de forma inapropriada com as subordinadas. Três meses depois, o prefeito de Seul, Park Won-soon, foi encontrado morto, aparentemente por suicídio, depois que uma funcionária o acusou de assédio sexual.
Ambos pertencem ao Partido Democrático, o mesmo do presidente Moon Jae-in, que sofreu uma grande derrota nas eleições parciais de abril, o que deu um novo impulso à oposição conservadora para as eleições presidenciais de 2022.
Oh, 72 anos, afirmou que se houve contato foi acidental, mas antes de entrar no tribunal declarou à imprensa: "Toda a culpa recai sobre mim".
O juiz do tribunal do distrito de Busan, Ryu Seung-woo, disse que o acusado "abusou de sua posição de superioridade" para cometer assédio sexual no trabalho. "Pessoas que não deveriam ter sofrido continuam sofrendo", acrescentou, de acordo com a agência de notícias Yonhap. "Peço que tenham mais empatia com as vítimas", afirmou.
A sociedade sul-coreana continua socialmente conservadora, apesar da rápido ascensão econômico. As vítimas de assédio sexual são pressionadas em muitos casos a permanecer em silêncio por medo da vergonha pública.
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