O Ministério Público alemão anunciou, nesta segunda-feira (21/6), a prisão de um cientista russo acusado de passar para a Rússia informações sensíveis de uma universidade alemã, em troca de dinheiro.
Identificado como Ilnur N., o suspeito foi detido na sexta-feira (18/6), sob suspeita de "trabalhar para um serviço secreto russo pelo menos desde o início de outubro de 2020", informou o órgão em um comunicado.
O homem trabalhava como assistente de pesquisa em uma universidade alemã. Entre outubro e junho, reuniu-se "pelo menos três vezes" com um agente dos serviços russos de Inteligência, segundo a mesma fonte.
Em pelo menos dois desses encontros, ele "deu informações" sobre a universidade e "recebeu quantias em dinheiro em troca", acrescentou.
O MP não deu mais detalhes sobre o homem, nem sobre a universidade para a qual trabalhava.
Nem a Rússia nem a Alemanha reagiram até o momento, mas as relações entre ambas as potências estão tensas pelo conflito na Ucrânia e pelas acusações contra Moscou de ciberespionagem.
A tentativa de envenenamento do opositor Alexei Nalvany em agosto passado, pela qual governos ocidentais responsabilizam Moscou, deteriorou ainda mais as relações.
Nos últimos anos, os serviços russos de Inteligência registraram um aumento em suas atividades na Europa, de acordo com especialistas.
No final de março, a Itália anunciou a expulsão de dois funcionários russos. Neste caso, um oficial da Marinha italiana foi preso em flagrante, quando entregava documentos confidenciais para um militar russo.
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