África

Guiné espera declarar o fim da epidemia de ebola no sábado

Vírus foi contido no território em quatro meses, após a declaração de epidemia em 14 de fevereiro deste ano

Agência France-Presse
postado em 17/06/2021 15:18 / atualizado em 17/06/2021 15:20
 (crédito: Vacinação contra ebola na Guiné em fevereiro de 2021 / CAROL VALADE / AFP)
(crédito: Vacinação contra ebola na Guiné em fevereiro de 2021 / CAROL VALADE / AFP)

A Guiné e a Organização Mundial da Saúde (OMS) esperam declarar neste sábado (19) o fim da epidemia de ebola, interrompida em somente alguns meses graças à experiência adquirida em 2013-2016.

A Guiné declarou o estado de epidemia em 14 de fevereiro, mas espera que nesta sexta-feira alcance os 42 dias sem detectar novos casos - o dobro da duração máxima da incubação do vírus -, que é o limite estabelecido para poder declarar o fim da epidemia.

Segundo o escritório da OMS na Guiné, o vírus causou cinco mortes em 2021, enquanto foram registrados 23 casos (16 confirmados e 7 prováveis).

"Nos preparamos para, nos próximos dias, informar o fim da circulação do vírus do ebola, mais precisamente em 19 de junho de 2021", afirmou o ministro da Saúde da Guiné, Rémy Lamah, durante uma vídeoconferência da OMS.

A diretora da OMS para a África, Matshidiso Moeti, destacou que graças às "inovações e às lições aprendidas, a Guiné conseguiu conter o vírus em apenas quatro meses, impedindo que a doença se propagasse além de suas fronteiras".

Os pacientes suspeitos de portarem o vírus foram examinados rapidamente e submetidos a um monitoramento, assim como as pessoas com quem estiveram em contato, disse a responsável da OMS.

Além disso, cerca de 11.000 pessoas já se vacinaram contra a doença, como parte de uma campanha que começou nove dias depois que foi declarada a epidemia, acrescentou Moeti.

Os países vizinhos contribuíram para o combate, realizando testes de detecção nas fronteiras, disse ela.

Após a declaração de fim da epidemia, a Guiné deve entrar em um período de 90 dias de vigilância epidemiológica reforçada, explicou a OMS.

© Agence France-Presse

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