O México apresentou aos Estados Unidos um plano para a reabertura gradual de sua fronteira, fechada pela pandemia da covid-19, durante a visita do secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, nesta terça-feira (15), informou o governo mexicano.
A estratégia é baseada em uma campanha maciça de vacinação no lado mexicano da zona de fronteira, já que as restrições "existem há muito tempo" e "atrapalham a atividade econômica e a vida" das comunidades dos dois países, disse o chanceler Marcelo Ebrard, após se reunir com Mayorkas na Cidade do México.
“Comentamos que a vacinação será acelerada para que as médias de vacinação no México sejam muito semelhantes às das cidades norte-americanas”, acrescentou Ebrard em um vídeo nas redes sociais.
Chegaram ao México nesta terça-feira 1,3 milhão de doses da vacina Johnson & Johnson enviadas pelos Estados Unidos para serem aplicadas em maiores de 18 anos em 39 municípios de seis estados fronteiriços.
Desta forma, espera-se avançar gradativamente para a retomada do trânsito terrestre não essencial, disse o chanceler.
“Assim que tivermos esse avanço (...) não haveria mais argumento de cunho sanitário para manter essas restrições”, afirmou durante a conferência matinal do Presidente Andrés Manuel López Obrador.
As limitações na fronteira foram implementadas em 21 de março de 2020.
Desde então, os Estados Unidos e o México fecharam o caminho para o tráfego terrestre não essencial, como turistas ou visitantes ocasionais, mas permitem mercadorias, trabalhadores ou estudantes.
A reunião também abordou a migração de pessoas sem documentos, principalmente centro-americanos, do México para os Estados Unidos. "Devemos abordar as causas desse fenômeno", disse Ebrard.
Com quase 230.000 mortes, o México, com 126 milhões de habitantes, é o quarto país mais afetado pela epidemia em números absolutos, embora sua taxa de mortalidade seja a vigésima primeira.
As autoridades mexicanas já aplicaram 37,8 milhões de doses de cinco laboratórios diferentes.
Os Estados Unidos, com 600.000 mortes, lideram a lista dos países mais afetados pela covid-19, e sua taxa de mortalidade é a vigésima. Metade de sua população - de 331 milhões - já completou o calendário de vacinação.
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