França

Suspeito de dar tapa em Macron comparecerá perante tribunal nesta quinta-feira

O acusado tem 28 anos e afirmou ser vinculado à ideologia de extrema direita

Agência France-Presse
postado em 09/06/2021 19:03 / atualizado em 09/06/2021 19:05
 (crédito: Twitter renova midia/ Reprodução)
(crédito: Twitter renova midia/ Reprodução)

O suposto autor do tapa que o presidente francês Emmanuel Macron levou durante uma visita ao sudeste da França comparecerá com urgência diante de um juiz nesta quinta-feira, informou a promotoria de Valência nesta quarta-feira (9).


O acusado, Damien T., de 28 anos, “comparecerá pela manhã ante a promotoria, para seu julgamento por procedimento de urgência à tarde”, explicou o promotor Alex Perrin em comunicado.


Seu colega, Arthur C., "receberá uma intimação para comparecer até o final do segundo semestre de 2022 para responder pelas infrações relacionadas à posse ilegal das armas" que foram encontradas em sua casa, disse o magistrado.


Ambos ainda estavam detidos provisoriamente, acusados de “violência contra autoridade pública”, situação legal que foi estendida “para a continuidade das apurações”.


Nenhum dos dois jovens tem ficha criminal nem foram detectados pelos serviços de inteligência, segundo a nota. Eles pertencem a associações locais "ligadas às artes marciais, à Idade Média, ao universo de mangás (quadrinhos japoneses)", disse o promotor, citado no comunicado.


Durante o interrogatório, Damien T., que está desempregado, admitiu "ter batido no chefe de Estado e proferido palavras que denunciavam sua política".


O incidente ocorreu na terça-feira na cidade de Tain-l'Hermitage, no sudeste do país, enquanto Macron abordava um grupo de pessoas durante uma visita presidencial.


O jovem se declarou próximo do "movimento dos coletes amarelos", que se manifestou por muitos meses, em todo o país, contra a política do governo Macron até pouco antes do início da pandemia de covid-19.


O homem também se disse vinculado à ideologia "de direita ou extrema direita", embora "sem pertencer a nenhum partido", e afirmou ter agido "sem refletir, para expressar o seu descontentamento", explicou Perrin.


Quanto a Arthur C., solteiro e com um trabalho precário, durante a busca de sua casa foram encontrados livros de caráter militar, um exemplar de "Mein Kampf" (Minha luta), de Adolf Hitler, e uma bandeira comunista com a foice e o martelo, entre outros objetos.

© Agence France-Presse

 

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