"Investimentos e qualidade do atendimento" em saúde mental devem ser aumentados "com urgência", alertou a OCDE em relatório divulgado nesta terça-feira (8/6).
O relatório destaca a importância dos custos sociais e econômicos associados aos transtornos mentais e o aumento acentuado dos problemas de saúde mental produzidos pela pandemia de covid-19.
“Os países devem fornecer apoio adequado às pessoas afetadas e aumentar urgentemente o investimento e a qualidade do atendimento para reduzir os altos custos sociais e econômicos associados aos problemas de saúde mental”, diz um comunicado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Os serviços psiquiátricos foram negligenciados por um longo tempo, não foram financiados o suficiente e as necessidades de cuidados não atendidas permanecem altas nos países da OCDE”, de acordo com os autores do relatório.
Antes da crise sanitária, estimava-se que uma em cada duas pessoas já havia sofrido de transtornos mentais durante a vida e que uma em cada cinco estava permanentemente afetada.
A “pandemia de covid-19 causou um aumento acentuado dos problemas de saúde mental, especialmente entre os jovens, os desempregados e pessoas em situação financeira precária”, segundo a organização.
De acordo com o relatório, os custos econômicos associados aos transtornos mentais representam mais de 4,2% do PIB nos países da OCDE.
Alguns desses custos estão diretamente relacionados ao tratamento, mas mais de um terço está relacionado a menores taxas de emprego e perda de produtividade.
No entanto, esses custos podem ser evitados, pelo menos em parte, melhorando a prevenção, o cuidado, permitindo um melhor acesso à educação e ao emprego, afirma o trabalho.
De acordo com o relatório, 67% das pessoas que desejavam se beneficiar de cuidados de saúde mental disseram ter dificuldade em obtê-lo.
“Onze países da OCDE têm apenas um psicólogo ou menos para cada 10.000 habitantes”, observam os autores do relatório.
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