O governo do presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira (4) que planeja restabelecer medidas para proteger espécies ameaçadas de extinção que haviam sido substancialmente relaxadas por seu antecessor Donald Trump.
A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) "iniciará o processo regulatório nos próximos meses para revisar, cancelar ou restabelecer cinco medidas da Lei de Espécies Ameaçadas finalizadas pela administração anterior", informou a agência em um comunicado.
Essa lei, de 1973, referência mundial em proteção ambiental, permitiu salvar da extinção animais como a águia-careca, um dos símbolos do país.
No entanto, a norma foi profundamente modificada pelo governo republicano de Trump, que eliminou, por exemplo, uma cláusula que concede a espécies ditas "ameaçadas" a mesma proteção das espécies "em risco imediato de extinção".
Hoje, as empresas podem construir estradas, oleodutos, gasodutos, minas e realizar outros projetos industriais em áreas designadas como "habitat crítico" para uma espécie em risco de extinção.
O governo democrata anunciou sua intenção de reverter essas duas medidas, entre outras.
Um projeto de lei será levado à consideração do público antes de ser apresentado ao Congresso.
"Apreciamos que o governo Biden está avançando para proteger as espécies mais ameaçadas e reverter as medidas da era Trump, mas o tempo está se esgotando", alertou a organização ambientalista Earthjustice em um comunicado, expressando preocupação de que o processo possa levar "meses ou até anos".
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