Cuba recebeu um lote de seringas e agulhas para sua campanha de vacinação contra covid-19, uma doação de organizações civis da Argentina que se soma a iniciativas semelhantes de várias ONGs de outros países, informou a mídia local nesta terça-feira (1º).
São 380 mil seringas e 359 mil agulhas que chegaram à ilha a bordo de um voo da Cubana de Aviación. Foram arrecadados pelo Movimento Argentino de Solidariedade com Cuba (MasCuba), União dos Moradores Cubanos na Argentina (URCA) e outras organizações.
Cuba iniciou sua campanha de imunização contra o coronavírus com suas duas vacinas candidatas mais avançadas, Soberana 02 e Abdala, que aguardam autorização para uso emergencial das autoridades sanitárias locais em junho.
Até terça-feira, 1,7 milhão de pessoas haviam recebido pelo menos uma dose da vacina, em uma população de 11,2 milhões.
“Nosso agradecimento ao Movimento Argentino de Solidariedade com #Cuba e ao Sindicato dos Residentes Cubanos na Argentina pelo envio de material médico para apoiar a vacinação contra a #COVID19”, disse o chanceler cubano Bruno Rodríguez, em sua conta no Twitter.
A iniciativa está vinculada à campanha “Sua Solidariedade quebra o bloqueio”, que tem como objetivo arrecadar recursos para a realização de vacinas.
Cuba enfrenta dificuldades para adquirir este tipo de material médico devido ao embargo imposto pelos Estados Unidos há seis décadas.
“Diante do bloqueio, a solidariedade prevalece”, disse o chanceler Rodríguez.
Organizações de amizade com Cuba nos Estados Unidos, Chile, Espanha, Itália e outros países se coordenaram para conseguir 20 milhões de seringas para a ilha.
Em abril, uma entidade do governo suíço e a ONG MediCuba Europe concederam um financiamento urgente de 600.000 dólares para a compra de seringas.
Na Espanha, o Movimento Estatal de Solidariedade com Cuba (MESC) propôs recolher três milhões de seringas para Cuba até 23 de junho, informou o portal Cubadebate. Nessa data, a Assembleia Geral das Nações Unidas votará a resolução anual sobre o bloqueio dos Estados Unidos.
A ilha sofre um rebote nas infecções covid-19 com 143.323 casos e 965 mortes, números considerados baixos em seu contexto regional.
As autoridades de saúde da ilha esperam imunizar toda a sua população este ano com vacinas nacionais.
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