O presidente sírio, Bashar al Assad, afirmou nesta quarta-feira (26/5) ao votar que as críticas ocidentais às eleições presidenciais em seu país "não têm nenhum valor", depois que Estados Unidos e várias potências europeias consideraram que a votação não será "livre nem justa".
"Acredito que a mobilização que vimos nas últimas semanas apresenta uma resposta suficiente e clara que afirma: 'As opiniões de vocês não têm nenhum valor, o valor de vocês equivale a 10 zeros'", declarou Assad, em referência aos "países ocidentais".
Acompanhado da esposa Asma, o presidente de 55 anos fez a declaração depois de votar em Duma, antigo reduto insurgente, nas proximidades de Damasco e reconquistado em abril de 2018 por seu exército.
Vários países europeus e os Estados Unidos afirmaram que as eleições na Síria "não serão livres nem justas".
"Pedimos à comunidade internacional que rejeite de maneira inequívoca a tentativa do regime de Assad de recuperar a legitimidade sem cessar suas graves violações dos direitos humanos, nem participar de maneira significativa no processo político facilitado pela ONU com o objetivo de acabar com o conflito", destacaram na terça-feira os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França e Itália em um comunicado conjunto.
Ao chegar ao local de votação, Assad foi recebido por simpatizantes que gritaram: "Com nossa alma e nosso sangue, nos sacrificamos por ti, Bashar".
"As declarações que estamos ouvindo ultimamente (...) que comentam as eleições, sua legitimidade ou ilegitimidade, nós, como Estado, não podemos aceitar", disse o presidente.
Assad assumiu o poder em 2000 após a morte do pai, Hafez, que governou a Síria durante 30 anos.