Moscou, Rússia - A líder opositora bielorrussa no exílio Svetlana Tikhanovskaya pediu nesta terça-feira (25/5) aos Estado Unidos e ao G7 que aumentem a pressão sobre o governo de Belarus, após o desvio forçado de um avião da Ryanair no domingo e a detenção de um dissidente.
Em uma conversa telefônica com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, Tikhanovskaya pediu a Washington para "isolar o regime e pressioná-lo com sanções", tuitou a opositora.
A candidata nas eleições presidenciais de agosto de 2020 também solicitou, em uma mensagem publicada no Telegram, "a participação das forças democráticas bielorrussas" na reunião de cúpula do G7 de 11 a 13 de junho no Reino Unido. Além disso, Tikhanovskaya fez um apelo para a organização de uma "conferência internacional de alto nível para resolver a crise em Belarus", ex-república soviética do leste da Europa.
O regime bielorrusso de Alexander Lukashenko foi acusado de desviar para Minsk no domingo um voo comercial que viajava entre Atenas e Vilnius, alegado uma suposta ameaça de bomba que resultou falsa. A bordo do avião estava o jornalista opositor Roman Protasevich e sua companheira Sofia Sapega, que foram detidos.
O incidente gerou uma onda de protestos dos países ocidentais. Na segunda-feira à noite, os líderes da União Europeia (UE) fecharam o espaço aéreo do bloco a Belarus e adotaram novas sanções contra o regime de Minsk.
As novas sanções se unem às já adotadas pelos países ocidentais após a repressão do governo de Lukashenko, no poder desde 1994, às manifestações de 2020 contra sua reeleição em uma votação que não tem o resultado reconhecido pela UE. Desde então, o regime de Belarus, que tem a Rússia como aliada, aumentou a repressão, com a detenção ou pressão pelo exílio de seus críticos.