O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou nesta segunda-feira (24/5) uma série de ataques "vis" e de atos de agressão contra judeus nos Estados Unidos, relacionados ao último conflito entre israelenses e palestinos no Oriente Médio.
"Os recentes ataques à comunidade judaica são vis e devem parar", tuitou Biden.
"Condeno este comportamento detestável no país e no exterior. Depende de todos nós que não haja lugar para o ódio", acrescentou.
Na sexta-feira (21/5), a polícia de Nova York disse que investiga a agressão a um jovem judeu na Times Square, enquanto gritavam insultos antissemitas contra ele. O vídeo do incidente foi publicado pelo jornal The New York Post.
Cinco ou seis homens agrediram e lançaram spray de pimenta na vítima, de 29 anos, na noite de quinta-feira, disse um porta-voz da polícia. Um homem foi preso.
Estes eventos ocorreram em paralelo a confrontos entre manifestantes pró-israelenses e pró-palestinos, pouco depois do anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas.
Segundo Jonathan Greenblatt, diretor da Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês), que combate o antissemitismo e o racismo, desde o início dos combates em Israel houve um aumento "de mais de 50%" nos atos antissemitas nos Estados Unidos.
Ele relatou uma série de incidentes em vários estados, incluindo dois incidentes esta semana em Los Angeles. Neste episódio, apoiadores dos palestinos atacaram homens judeus sentados do lado de fora de um restaurante e jogaram garrafas em casas de judeus que tinham o tradicional pergaminho mezuzá em suas portas.
"Vimos um aumento perigoso e drástico do antissemitismo no país nos últimos dez dias", afirmou Greenblatt.