O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu à Colômbia no domingo (23/5) que coordene a reabertura da fronteira comum, frente aos planos do governo de Iván Duque de reabri-la em 1º de junho, e advertiu que "nada unilateral vai funcionar".
"Para o bem se pode, com controles, abrir as fronteiras. Para o mal, nada", disse Maduro, que acusou Duque de buscar "perturbar a fronteira" para "desviar a atenção" dos protestos multitudinários que paralisam seu país.
"Estão falando em abrir a fronteira de maneira unilateral da Colômbia. Eu digo a eles: nada unilateral vai funcionar", declarou Maduro à televisão estatal.
O presidente socialista expressou preocupação com a pandemia da covid-19, motivo pelo qual propôs estabelecer "medidas de biossegurança" nas travessias.
Na última quarta-feira (19/5), a Colômbia reabriu as fronteiras terrestres, fluviais e marítimas, fechadas há mais de um ano devido à pandemia, exceto aquelas que compartilha com a Venezuela. Equador e Panam mantiveram restrições.
A Colômbia justificou a reabertura como forma de "avançar" na "reativação econômica" das zonas limítrofes.
O Ministério colombiano das Relações Exteriores anunciou, no Twitter, que as autoridades analisam "a possibilidade de abertura da fronteira com a Venezuela com o cumprimento de medidas especiais a partir de 1º de junho".
O setor de Migração relatou inspeções nas principais pontes internacionais.
A Venezuela rompeu relações com a Colômbia em fevereiro de 2019, depois que Duque reconheceu o líder da oposição Juan Guaidó como o presidente em exercício da Venezuela, no lugar de Maduro.