O Parlamento do Nepal foi dissolvido neste sábado (22) pela segunda vez em cinco meses, em plena pandemia de coronavírus, e em novembro o país realizará novas eleições, segundo fontes oficiais.
As rivalidades entre o primeiro-ministro comunista Khadga Prasad Sharma Oli e seus antigos aliados maoístas foram retomadas, em um momento em que o país enfrenta uma nova crise de covid-19, com escassez de oxigênio e de vacinas. O número oficial de cerca de 200 mortes por dia está subestimado, segundo os especialistas.
A presidente Bidhya Devi Bhandari dissolveu o Parlamento na madrugada deste sábado após um novo fracasso nas negociações políticas, ao constatar que nem o primeiro-ministro, nem o líder da oposição Sher Bahadur Deuba, à frente do Congresso (centro-direita), tinham a maioria para formar um novo governo.
"A presidente (...) dissolveu a atual Câmara dos Representantes e convocou o primeiro turno de eleições gerais para 12 de novembro, e o segundo turno para 19 de novembro", segundo um comunicado da Presidência.
Em dezembro, o primeiro-ministro dissolveu o Parlamento, pela primeira vez, depois de acusar membros do partido comunista, ao qual pertence, de bloquear suas iniciativas.
O governo de K.P. Sharma Oli também enfrenta acusações de corrupção e foi criticado pela sua gestão da pandemia.