O Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a 16 altos funcionários do governo de Mianmar e suas famílias nesta segunda-feira (17), citando o apoio desses aos "ataques violentos e letais" da junta militar contra o movimento pró-democracia do país.
De forma concreta, o Tesouro congela todas os "bens e interesses de propriedade" de indivíduos sancionados que estejam nos Estados Unidos ou que estejam em posse ou controle de cidadãos americanos.
“O exército birmanês continua cometendo violações aos direitos humanos e oprime o povo birmanês”, justificou.
Entre os incluídos na lista do Tesouro estavam quatro membros do Conselho de Administração Estatal da junta militar, sete ministros, o presidente da Comissão Eleitoral controlada pelos militares e o diretor do Banco Central de Mianmar.
Três outros incluídos na lista eram filhos de membros do Conselho de Administração do Estado que haviam sido anteriormente sancionados como resultado do golpe de 1º de fevereiro que derrubou o governo eleito.
Desde então, Mianmar tem sido palco de fortes protestos e greves que foram reprimidas com força, deixando cerca de 800 mortos, de acordo com um grupo de monitoramento local.
O regime militar "está suprimindo violentamente o movimento pró-democracia no país e é responsável pelos contínuos ataques que são violentos e letais contra o povo birmanês, incluindo a morte de crianças", disse o Tesouro em um comunicado.