A Rússia anunciou nesta segunda-feira (17) que continuará reduzindo as operações da rede social americana Twitter, sob justificativa de que o conteúdo é "ilegal", e ameaçou o Facebook e o YouTube de aplicar medidas semelhantes.
O regulador russo de internet e meios de comunicação, Roskomnadzor, começou a reduzir os serviços do Twitter em meados de março, acusando a plataforma de não suprimir conteúdo relacionado à pornografia infantil, uso de drogas e apelos de suicídio a menores.
O regulador deu ao Twitter um mês para remover o conteúdo, sob pena de ser totalmente bloqueado na Rússia. No mês passado, estendeu esse prazo até meados de maio.
Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, o regulador informou que não bloquearia a rede social, mas continuaria a reduzir suas operações, depois de ter verificado por meio de uma auditoria que o Twitter havia removido mais de 90% das "informações proibidas".
Ainda assim, pediu à rede social que "remova todos os materiais proibidos identificados".
Além disso, o serviço Roskomnadzor anunciou que detectou casos de conteúdo ilegal "em outros sites da Internet, incluindo Facebook e YouTube".
"Se essas plataformas não tomarem as medidas adequadas, sanções semelhantes serão aplicadas a elas", alertou a entidade reguladora.
No mês passado, o Twitter recebeu três multas na Rússia, totalizando aproximadamente US$ 116.000, por não suprimir mensagens convocando para manifestações da oposição.