A China acusou os Estados Unidos, nesta sexta-feira (14), de "ignorarem o sofrimento dos palestinos" depois que Washington bloqueou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU dedicada ao conflito no Oriente Médio.
Principal aliado diplomático de Israel, os Estados Unidos se recusaram a realizar, hoje, uma reunião pública virtual sobre o conflito israelense-palestino, mas acabaram aceitando que seja no domingo (16).
Já a China, que preside o Conselho de Segurança este mês, defendeu os palestinos neste órgão da ONU, onde frequentemente usa seu direito de veto para bloquear moções dirigidas contra seus aliados, entre eles a Síria.
Em declaração à imprensa, a porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, considerou que Washington se opõe à vontade da comunidade internacional.
"Os Estados Unidos repetem que se preocupam com os direitos dos muçulmanos (...) mas ignoram o sofrimento dos palestinos", criticou Hua.
Desde segunda-feira, os Estados Unidos concordaram com a realização de duas videoconferências privadas e urgentes sobre o conflito entre israelenses e palestinos. Recusaram-se, no entanto, a aceitar duas declarações conjuntas pelo fim das hostilidades, considerando-as "contraproducentes" neste momento.
Em sua posição desde o início do conflito, os Estados Unidos reafirmam o direito de Israel de se defender dos ataques com foguetes lançados pelo movimento islamista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, mas pede o fim da escalada da violência.