Lima, Peru — Os trabalhadores peruanos poderão iniciar a partir desta quinta-feira (27) o processo de uma terceira retirada de seus fundos de pensão em até 4.630 dólares, no marco de medidas excepcionais devido à crise econômica provocada pela pandemia, segundo uma lei do Congresso.
A retirada é opcional e é a terceira que o Congresso aprova em favor dos contribuintes das Administradoras de Fundos de Pensão privadas, desde que o coronavírus invadiu o país sul-americano há 14 meses.
A proposta beneficia cerca de seis milhões de afiliados que viram suas receitas reduzidas devido à recessão no Peru em consequência da pandemia, segundo o presidente do Comitê de Economia do Congresso, Anthony Novoa.
O sistema de previdência privada foi copiado do Chile, mas, ao contrário do país vizinho, as retiradas no Peru não geraram confronto político.
Os desembolsos serão feitos em três partes dependendo do valor total solicitado. A entrega ocorrerá em um mês.
Em abril de 2020, a crise econômica derivada do coronavírus levou as autoridades a aprovarem o saque de até 25% dos recursos acumulados em contas individuais, com limite de 3.700 dólares para cada uma de suas afiliadas.
O Congresso peruano aprovou esta terceira retirada no final de março, em meio a um debate com o Executivo para evitá-la, mas sem se tornar uma grande polêmica.
Aqueles com mais de 40 anos que não fizerem contribuições nos últimos cinco anos terão acesso a 100% de seus recursos.
O país andino, de 33 milhões de habitantes, está emergindo de uma segunda onda da covid-19, que deixou quase 69.000 mortos e registrou 1,9 milhão de infecções nos 14 meses da pandemia.
Desde o início da pandemia, pelo menos 5,5 bilhões de dólares foram sacados das afiliadas dos quatro administradores de fundos de pensão no Peru.
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