Obituário

Morre célebre bailarina italiana Carla Fracci, aos 84 anos

Esbelta, delicada, sempre vestida de branco, Carla Fracci foi descrita como "a eterna menina dançante" pelo poeta italiano e ganhador do Prêmio Nobel Eugenio Montale

Correio Braziliense
postado em 27/05/2021 08:20 / atualizado em 27/05/2021 08:20
 (crédito: MARIO LAPORTA / AFP)
(crédito: MARIO LAPORTA / AFP)

A famosa bailarina e coreógrafa italiana Carla Fracci, que atuou entre outros com Rudolf Nureyev e Vladimir Vasiliev, faleceu nesta quinta-feira (27), em Milão, no norte da Itália, aos 84 anos - informaram fontes oficiais.

"O Teatro La Scala anuncia, abalado, o falecimento nesta quinta-feira de Carla Fracci, em sua casa em Milão. O teatro, a cidade, a dança perdem uma figura histórica e lendária, que deixou uma marca muito forte em nossa identidade e que deu um contribuição fundamental para o prestígio da cultura italiana no mundo", anunciou o prestigioso teatro milanês.

Nascida em Milão, em 20 de agosto de 1936, ela estudou na prestigiosa escola de dança do Teatro La Scala de Milão, tornando-se sua dançarina principal em 1958.

Famosa por seus papéis em "Romeu e Julieta", de John Cranko, e "Elvira", em Don Giovanni de Leonid Massine, ela se apresentou com as mais importantes companhias de dança clássica, incluindo o London Festival Ballet, Royal Ballet, Stuttgart Ballet, Royal Swedish Ballet, American Ballet Teatro e outros.

Esbelta, delicada, sempre vestida de branco, Carla Fracci foi descrita como "a eterna menina dançante" pelo poeta italiano e ganhador do Prêmio Nobel Eugenio Montale, enquanto Charles Chaplin uma vez lhe disse "você é esplêndida", contou ela mesma em diferentes ocasiões.

Ao longo de sua longa carreira, pisou nos palcos mais prestigiosos do mundo, viajou incansavelmente e recebeu prêmios e ovações em todos os lugares. Dançou com bailarinos da estatura de Nureyev, Vassiliev, ou Baryshnikov.

Entre os espetáculos que ficarão na memória, está sua interpretação de "Giselle", com a qual entra para a história da dança pela força que dava aos papéis femininos.

Também foi diretora do balé da Arena de Verona, de 1995 a 1997, e depois do Ballet da Ópera de Roma, em 2002.

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