O governo alemão anunciou, nesta quarta-feira (19/5), a proibição de três organizações próximas ao Hezbollah, um movimento xiita libanês inimigo de Israel, em um momento de escalada da violência no Oriente Médio.
O porta-voz do Ministério do Interior, Horst Seehofer, anunciou no Twitter que o governo "proíbe três associações que financiam a organização terrorista Hezbollah".
"Aqueles que apoiam o terror não estarão seguros na Alemanha", disse o porta-voz, anunciando que "buscas" estão sendo realizadas em "vários estados alemães" depois que a proibição foi emitida.
O braço armado do Hezbollah libanês é considerado um movimento terrorista pela Alemanha e pelos países da União Europeia (UE).
As atividades de seu braço político, que organiza regularmente manifestações contra Israel, foram autorizadas por muito tempo no país, até serem proibidas em 2020.
O anúncio do Ministério alemão do Interior ocorre em um contexto de escalada militar no Oriente Médio, entre Israel e o movimento islâmico Hamas, que governa Gaza.
O conflito se espalhou para o sul do Líbano, de onde foguetes foram disparados contra Israel na segunda-feira. Embora o Hezbollah não tenha assumido a autoria dos disparos, a organização xiita libanesa é, há décadas, um inimigo declarado de Israel.
O governo alemão teme um aumento do comportamento antissemita no país, devido à situação no Oriente Médio.
Na semana passada, a chanceler Angela Merkel disse que seu governo "não vai tolerar manifestações antissemitas".
Em Berlim, uma manifestação pró-palestinos terminou em confrontos e detenções. E, também na semana passada, bandeiras israelenses foram queimadas em frente a duas sinagogas no país.
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