A Áustria deixará de usar a vacina anticovid da AstraZeneca, devido a problemas de entrega e a sua má reputação, após decisões similares já adotadas por Noruega e Dinamarca.
Estes dois últimos pararam de usar este imunizante, devido a efeitos colaterais raros, mas graves.
"Provavelmente continuaremos administrando as primeiras doses até o início de junho, mas é só", declarou o ministro da Saúde, Wolfgang Mückstein, na segunda-feira à noite (17/5) ao canal privado Puls 24, acrescentando que, depois disso, "a AstraZeneca será abandonada".
Além dos persistentes atrasos nas entregas, que deflagraram a abertura, por parte da Comissão Europeia, de procedimentos judiciais contra o laboratório anglo-sueco, o ministro destacou as reticências da população, devido aos raríssimos casos de trombose que a vacina pode causar.
Nesse sentido, Mückstein, médico de profissão, considerou que se trata de uma "vacina segura e alta proteção", de acordo com o parecer da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ambas afirmam que seus benefícios superam os riscos.
A Áustria continuará vacinando a população com os imunizantes da Pfizer/BioNtech e da Moderna, que utilizam tecnologia de RNA mensageiro.
De seus 8,9 milhões de habitantes, um terço já recebeu a primeira dose anticovid.
Em meados de abril, a Dinamarca decidiu interromper a aplicação da AstraZeneca, tornando-se o primeiro país da Europa a adotar a medida. Em maio, a Noruega seguiu na mesma direção.
A maioria dos países europeus que continuam a usar a vacina da AstraZeneca impôs limites de idade.
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