Investigação

Bill Gates deixou Microsoft durante investigação por relação extraconjugal

A empresa foi alertada no segundo semestre de 2019 que "Bill Gates tentou iniciar um relacionamento íntimo com uma funcionária da empresa em 2000, segundo porta-voz da Microsoft

Agência France-Presse
postado em 17/05/2021 08:45 / atualizado em 17/05/2021 08:45
 (crédito: MARTIN BUREAU)
(crédito: MARTIN BUREAU)

Bill Gates deixou o conselho de diretores da Microsoft em 2020, em meio a uma investigação sobre o relacionamento amoroso do bilionário com uma funcionária da empresa - relatou The Wall Street Journal no domingo (16/5).

O fundador e ex-chefe do gigante tecnológico americano deixou o cargo de presidente do conselho de administração em março de 2020.

"Os membros do conselho de administração da Microsoft Corp. decidiram que Bill Gates tinha de deixar seu cargo em 2020, enquanto faziam uma investigação sobre um relacionamento amoroso do bilionário com uma funcionária da Microsoft que foi considerado inadequado", relatou o jornal, citando pessoas próximas ao assunto.

Trata-se de "um caso há quase 20 anos que terminou amistosamente", disse uma porta-voz de Gates ao The Wall Street Journal.

De acordo com a porta-voz, Gates deixou a Microsoft para se concentrar mais em sua organização filantrópica, a Fundação Bill e Melinda Gates.

Gates e sua mulher, Melinda, que cofundaram esta instituição beneficente há duas décadas para lutar contra a pobreza e as doenças no mundo, anunciaram seu divórcio em 3 de maio, após 27 anos de casamento.

Um porta-voz da Microsoft disse à AFP que a empresa foi alertada no segundo semestre de 2019 que "Bill Gates tentou iniciar um relacionamento íntimo com uma funcionária da empresa em 2000. Um comitê do conselho de administração revisou o caso, com a ajuda de um escritório de advocacia externo, para realizar uma investigação exaustiva".

"A funcionária, uma engenheira, afirmou em uma carta que tive um relacionamento com Gates durante anos", relatou o The Wall Street Journal.

Segundo o jornal, alguns membros da diretoria também questionaram os laços entre Gates e o financista Jeffrey Epstein. Este último se suicidou na prisão em 2019, enquanto aguardava julgamento por suposto tráfico de menores.

A equipe de Gates garantiu ao conselho que o fundador da Microsoft se reuniu com Epstein por "razões filantrópicas" e que "se arrependia de tê-lo feito", segundo o jornal.

Gates, que fundou a Microsoft em 1975, renunciou ao cargo de CEO da empresa em 2000, alegando que queria se concentrar em sua fundação. Em 2008, afastou-se por completo do cargo. Sua posição como diretor do conselho de administração foi a última que o vinculou oficialmente à empresa.

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