O Reino Unido banirá a terapia de conversão, uma intervenção que busca persuadir pessoas LGBTQ+ a mudarem a própria identidade de gênero. Além disso, o governo fornecerá maior apoio à comunidade e garantirá que as vítimas do procedimento recebam o auxílio necessário.
O anúncio foi feito durante o discurso da rainha Elizabeth II na abertura da nova sessão do parlamento britânico. A questão está em debate há muito tempo no Reino Unido. Em 2018, Theresa May prometeu encerrar a terapia de conversão como parte de um plano de ação que busca igualdade de gênero no país.
Entretanto, a comunidade LGBTQ+ demonstrou preocupação com a demora do processo e assessores renunciaram de seus cargos no departamento que fornece consultas sobre o assunto para o governo.
Com a pressão, o primeiro-ministro Boris Johnson se comprometeu a procurar medidas para proibir as práticas, que foram consideradas "abomináveis e prejudiciais". Antes da mudança, será realizada uma consulta na Inglaterra e no País de Gales com o objetivo de prevenir consequências e possibilitar que profissionais, professores e pais possam manter conversas sobre o tema.
Não existe uma definição do que poderia ser considerado "terapia de conversão". Uma pesquisa do governo foi feita em 2018 e cerca de 5% dos participantes afirmaram que tiveram algum contato com a terapia. Os procedimentos foram conduzidos, normalmente, por grupos religiosos.
* Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer
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