Os Guardiães da Revolução, o braço ideológico do regime iraniano, denunciaram nesta terça-feira (11/5) o comportamento "não profissional" dos navios da Marinha dos EUA no Estreito de Ormuz, onde Washington disse ter disparado tiros de advertência contra vários navios iranianos.
"Enquanto mantinha a distância legal" no estreito, a Marinha da Guarda Revolucionária pôs em alerta os navios americanos "contra sua conduta arriscada e não profissional, depois do que seguiram seu caminho", informa um comunicado publicado no site Sepahnews.
Na segunda-feira (10/5), o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que 13 embarcações rápidas de ataque dos Guardiães se aproximaram 140 metros de sete navios americanos até um destes últimos dar 30 disparos de advertência, em duas rajadas, para dispersá-los.
Foi o segundo incidente deste tipo em duas semanas no Golfo, onde fica o Estreito de Ormuz, uma rota estratégica mundial para o trânsito de petróleo.
O porta-voz do Pentágono disse que os navios americanos têm direito à "autodefesa" e que sabem como usá-la.
Os Guardiães confirmaram o episódio, dizendo que estavam fazendo suas patrulhas "em águas territoriais iranianas".
Irã e Estados Unidos estiveram duas vezes à beira da guerra desde junho de 2019, em meio a tensões no Golfo e pelo acordo internacional de 2015 sobre o programa nuclear iraniano.
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