Castigo em Crianças

HRW pede ao Oriente Médio e Norte da África que proíbam castigos corporais em crianças

A ONG recorda que o castigo físico é proibido pelo direito internacional e que todas as crianças têm direito à educação em um ambiente não violento

Agência France-Presse
postado em 10/05/2021 14:15 / atualizado em 10/05/2021 14:15
 (crédito: Ricardo Borba/CB/D.A Press)
(crédito: Ricardo Borba/CB/D.A Press)

A ONG Human Rights Watch (HRW) pediu aos governos do Oriente Médio e do Norte da África que proíbam os castigos corporais contra as crianças.

Mais de 90% das crianças recebem castigo físico ao menos uma vez por mês no Egito, Marrocos e Tunísia, enquanto a menor taxa da região (50%) é registrada no Catar, aponta a HRW em um relatório.

Em uma região onde metade da população tem menos de 24 anos, a maioria dos 19 países mencionados não têm uma legislação que proíba os castigos violentos.

Ao contrário, alguns países inclusive possuem leis que permitem, aponta a ONG.

"Em muitos países da região, a agressão é um delito quando a vítima é um adulto, mas se permite como se fosse um ato 'educativo' quando se trata de uma criança", afirma Ahmed Benchemsi, diretor de comunicação da HRW.

A ONG recorda que o castigo físico é proibido pelo direito internacional e que todas as crianças têm direito à educação em um ambiente não violento.

A organização pede o "fim imediato dos castigos violentos" contra as crianças e insiste que a proibição das práticas seria "muito benéfica para as crianças e suas sociedades".

Em todo o mundo, 62 países já proibiram o castigo corporal e outros 27 se comprometeram a adotar a mesma medida.

No Oriente Médio, apenas Tunísia e Israel têm leis que proíbem a punição física de crianças, segundo a ONG.

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