Meio Ambiente

Cerca de 170 focas foram encontradas mortas na República russa do Daguestão

Caçado intensamente até recentemente, esse mamífero atualmente sofre principalmente com a poluição industrial, o que o torna estéril

Agência France-Presse
postado em 06/05/2021 15:32 / atualizado em 06/05/2021 15:32
 (crédito: Luis Tajes/CB/D.A Press)
(crédito: Luis Tajes/CB/D.A Press)

Cerca de 170 focas de uma espécie ameaçada foram encontradas mortas nos últimos três dias nas margens do Mar Cáspio, na república russa do Daguestão, disseram pesquisadores à AFP nessa quinta-feira (6/5).

"São animais mortos que vimos, fotografamos e cujas coordenadas GPS registramos", disse Viktor Nikiforov, do centro de pesquisa "Mamíferos Marinhos" de Moscou.

As imagens compartilhadas com a AFP mostram vários cadáveres encalhados na praia.

Segundo o pesquisador, as focas foram encontradas em uma área 100 quilômetros ao sul de Makhatchkala, capital do Daguestão, e em outra cerca de 50 quilômetros ao norte daquela cidade.

Contatada pela AFP, a Agência Federal Russa para as Pescas no Norte do Cáucaso informou ter enviado inspetores para efetuar uma nova contagem.

O comitê de investigação russo também anunciou que havia iniciado verificações.

O Mar Cáspio, o maior mar fechado do mundo, faz fronteira com cinco países: Rússia, Irã, Cazaquistão, Turcomenistão e Azerbaijão.

No início do século 20 possuía mais de um milhão de focas (Pusa caspica), das quais hoje restam apenas 68 mil exemplares adultos, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), que considera a espécie "em extinção".

Caçado intensamente até recentemente, esse mamífero atualmente sofre principalmente com a poluição industrial, o que o torna estéril.

Segundo as Nações Unidas, essa contaminação está ligada à indústria do petróleo, aos resíduos radioativos e industriais e até mesmo ao esgoto.

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