Benjamin Netanyahu ofereceu nesta segunda-feira (3/5) ao líder da direita radical, Naftali Bennett, assumir como chefe de governo em um primeiro turno, no âmbito de um eventual acordo de rodízio no poder.
O primeiro-ministro Netanyahu, que dispõe até a noite desta terça-feira (4/5) para formar uma coalizão, acelerou as negociações finais para unir a direita radical em um governo, incluindo os islamistas, e com isso conseguir se manter no poder.
Seu partido de direita conservadora, o Likud, obteve 30 das 120 cadeiras da Knesset nas eleições parlamentares de 23 de março - as quartas em menos de dois anos - e depois obteve o apoio dos partidos ultraortodoxos e de uma aliança de extrema direita, mas sem conseguir reunir a maioria das 61 cadeiras.
Em sua tentativa para alcançá-la, propôs hoje a Naftali Bennett, seu ex-colaborador convertido em líder do partido de direita radical Yamina, que seja primeiro-ministro durante um ano.
"Convido Naftali Bennett a firmar hoje um acordo para estabelecer um governo de direita, com um rodízio de um ano sob sua direção e a se comprometer a não se unir a nenhum outro governo", declarou Netanyahu em um vídeo postado no Facebook.
Bennett devolveu a bola, recusando a oferta - pelo menos até o momento.
"Crie um governo e estaremos aí para ajudar", disse Bennett durante uma reunião de seu partido na Knesset, pedindo a Netanyahu que pressione Bezalel Smotrich, líder da lista de extrema direita Sionismo Religioso.
Para conseguir a maioria necessária, Netanyahu deve reunir os partidos ultraortodoxos, as siglas Yamina e Sionismo Religioso, assim como a legenda islamista Raam.
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