Alemanha e França expressaram apoio ao pedido dos Estados Unidos de criação de um imposto corporativo global de pelo menos 21%, declararam os ministros das duas principais economias da zona do euro.
"As pessoas estão cansadas de que as grandes empresas não paguem a parte correspondente dos impostos", disse o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, à revista alemã Die Zeit.
A França propôs uma taxa de 12,5%, mas se a sugestão de Washington "for o resultado de negociações, então também aceitaríamos", completou.
O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou na entrevista conjunta que não tem nada contra a proposta apresentada pela secretária americana do Tesouro, Janet Yellen.
A iniciativa tem como objetivo acabar com a concorrência de impostos reduzidos entre países para atrair empresas e o uso de paraísos fiscais por parte das multinacionais.
A ideia é promovida pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), mas a sugestão do governo dos Estados Unidos deu um novo estímulo.
Olaf Scholz destacou que "agora existe o impulso adequado para chegar a um acordo no verão" (hemisfério norte, inverno no Brasil).