O ex-presidente peruano Martín Vizcarra e a mulher estão com Covid-19, seis meses após terem se vacinado de forma polêmica com o imunizante Sinopharm. A informação foi divulgada neste domingo, em meio à segunda onda da pandemia no país, impulsionada pela variante de coronavírus com origem no Brasil.
"Apesar dos cuidados para evitar levar o vírus para casa, minha mulher e eu testamos positivo e somos sintomáticos", publicou Vizcarra, presidente entre 2018 e 2020, em sua conta no Twitter. "Minha família está tomando as medidas de isolamento necessárias. Não baixemos a guarda."
Vizcarra, 58, foi criticado por não ter usado máscara, nem ter respeitado o distanciamento social, durante sua campanha para as eleições parlamentares do último dia 11. A infecção ocorreu na semana em que o Congresso o inabilitou a ocupar a cadeira que conquistou, por ter se vacinado de forma irregular em outubro, um mês antes de ser destituído devido a um suposto caso de corrupção.
O ex-presidente admitiu que recebeu as duas doses da vacina antes de a mesma ser aprovada pelas autoridades de saúde locais, mas negou ter agido de forma irregular. O escândalo, chamado de Vacinagate, explodiu em fevereiro e envolveu 487 pessoas, a maioria funcionários, incluindo duas ministras do governo interino atual.