A rainha Elizabeth II se declarou "profundamente emocionada" com as mensagens recebidas após a morte do marido, o príncipe Philip, em uma mensagem divulgada nesta quarta-feira (21/4), dia em que completa 95 anos.
"Recebi, por ocasião do meu 95º aniversário, muitas mensagens de bons desejos, que agradeço", afirmou a monarca em um comunicado divulgado pelo Palácio de Buckingham.
"Embora como família estejamos em um período de grande tristeza, tem sido um conforto para todos nós ver e ouvir as homenagens prestadas ao meu marido, tanto no Reino Unido como na Commonwealth e em todo o mundo".
"Nós estamos profundamente emocionados e continuamos a ser lembrados de que Philip teve um impacto extraordinário em muitas pessoas ao longo de sua vida", completou a rainha.
Ainda em um período de luto depois da morte do homem com quem foi casada por 73 anos, o aniversário da monarca - que habitualmente é marcado por salvas de tiros e a apresentação de um novo retrato - deve ser celebrado de forma exclusivamente privada no castelo de Windsor, com a visita de membros da família real.
"A rainha quer aproveitar o bom tempo para se reunir com os membros da família e passear com seus dois novos cães corgi, Fergus e Muick", disse uma fonte do palácio ao jornal Daily Mirror. "Ela tem muita vontade de encontrar a família, que tem sido um grande consolo", completou.
O primeiro-ministro Boris Johnson enviou uma mensagem de felicitações.
"Sempre senti grande admiração por Sua Majestade e por seu serviço a este país e e à Commonwealth. Estou orgulhoso de ser seu primeiro ministro", tuitou o líder conservador.
Devido à pandemia de covid-19, este ano foi cancelado, como havia acontecido em 2020, o grande desfile militar organizado para celebrar a monarca em junho, para aproveitar o verão (hemisfério norte), apesar do aniversário acontecer em 21 de abril.
A rainha sozinha
A morte de Philip, que Elizabeth II descreveu como sua "força e apoio", deixou um "enorme vazio" na vida da soberana, segundo um de seus filhos, o príncipe Andrew.
Elizabeth II e seu marido, o duque de Edimburgo, falecido em 9 de abril, dois meses antes de completar 100 anos, estavam isolados em Windsor, um castelo quase milenar que fica 50 quilômetros ao oeste de Londres, desde o início da pandemia.
No mesmo local, a rainha foi responsável no sábado por uma imagem impactante durante a cerimônia fúnebre de Philip, limitada a 30 convidados íntimos devido às restrições contra a covid-19.
As medidas obrigaram a monarca, vestida de luto, a sentar sozinha na igreja.
Os parentes, incluindo seu neto o príncipe Harry, que viajou da Califórnia - onde sua esposa Meghan, que está grávida, permaneceu -, tiveram que sentar distanciados nos bancos da grande capela gótica de São Jorge.
De acordo com os jornais The Sun e Daily Mail, Harry, que fez sua primeira aparição pública ao lado da realeza desde que ele e Meghan decidiram abandonar a monarquia, retornou a Los Angeles na terça-feira, um dia antes do aniversário da avó.
Todos os olhares foram voltados para ele e seu irmão William, segundo na linha de sucessão ao trono, durante a cerimônia de sábado, quando os dois caminharam atrás do caixão separados por seu primo Peter Phillips.
Após o enterro, no entanto, os dois saíram da capela conversando ao lado da esposa de William, Kate, em um aparente momento mais calmo, após a tensão provocada pela explosiva entrevista em que Harry e Meghan denunciaram, entre outras coisas, racismo dentro da família real.
De acordo com a imprensa, Harry passou várias horas com William e seu pai, Charles - o herdeiro do trono -, o que alimentou as especulações sobre uma possível reconciliação.