O Fórum Geração Igualdade é um evento internacional organizado pela ONU Mulheres que debate os compromissos globais sobre igualdade de gênero, sustentabilidade e juventude. Neste ano, o encontro ocorreu de 29 a 31 de março na Cidade do México e contou com o apoio dos governos do México e da França.
O evento reúne governos, empresas, especialistas, ativistas e outros integrantes da sociedade civil.
O fórum procura gerar e discutir ideias para fortalecer a igualdade de gênero e os movimentos de juventude. Além disso, os encontros buscam lançar os planos das coalizões de ação global. Esta é a primeira etapa do evento, que continuará no fim de junho em Paris.
Ana Carolina Querino, gerente de programas da ONU Mulheres Brasil, relata que o fórum é um evento proposto para acelerar e debater a realização dos direitos das mulheres. "No fórum, reconheceu-se a importância de endereçar o enfrentamento do racismo como eixo estruturante para não deixar nenhuma mulher ou menina para trás", afirmou a gerente da ONU.
A pandemia de covid-19 trouxe ainda mais dificuldades para as questões de igualdade de gênero. Por isso, Quirino destaca: "As evidências mostram que em crises sanitárias que demandam medidas de isolamento social para seu controle, as mulheres acabam sendo as que mais perdem renda, índice de violência doméstica tende a aumentar, assim como aumenta exponencialmente a carga de trabalho doméstico não remunerado".
Presença Brasileira
Houve presença de representantes brasileiros no Fórum Geração Igualdade. Ana Rosa, coordenadora de gênero do projeto Engajamundo, foi a única brasileira no painel on-line ‘Ação Feminista pela Justiça Climática’ do fórum. Na última terça-feira (30/3), ela comentou sobre igualdade de gênero e questões climáticas no Brasil.
No painel, Ana abordou questões levando em conta a inclusão de pessoas como ela nas decisões tomadas. "O movimento climático que surge de onde estou, na Amazônia, é a luta pela vida e o direito de existir", afirmou a ativista.
Ana Rosa ainda ressalta a necessidade de “espaços de diálogos sendo garantidos também nacionalmente, para que avancemos na agenda da justiça climática”. Para Kinda Van Gastel, coordenadora geral do Engajamundo, é fundamental que a “juventude brasileira tenha voz, enquanto parcela da população que se vê intimamente ligada e comprometida” com os assuntos debatidos em fóruns internacionais do tipo.
* Estagiário sob a supervisão de Mariana Niederauer