A Promotoria russa solicitou, nesta sexta-feira (16/4), que várias organizações ligadas ao opositor preso Alexei Navalny sejam consideradas "extremistas" e proscritas.
"Sob slogans liberais, essas organizações se dedicam a criar condições desestabilizadoras da situação social e sócio-política", afirmou a Promotoria de Moscou em um comunicado.
Diante disso, acrescentou, pediu a um tribunal da capital russa que qualifique como "extremistas" o Fundo de Combate à Corrupção (FBK) e seus escritórios regionais.
Segundo o comunicado, "os reais objetivos de suas atividades são criar as condições para mudar os alicerces da ordem constitucional, utilizando até mesmo a estratégia das 'revoluções coloridas'".
Navalny, de 44 anos, anunciou em 31 de março que havia iniciado uma greve de fome para protestar contra as condições de sua detenção e acusou a administração penitenciária de negar-lhe atendimento médico, apesar de sofrer de dupla hérnia de disco, segundo seus advogados.
O opositor disse que os funcionários da prisão ameaçaram forçá-lo a comer.
A justiça russa condenou Navalny a dois anos de prisão por uma alegada fraude ocorrida em 2014 e que muitos consideram como pretexto para prendê-lo.
A repressão judicial contra a oposição intensificou-se nos últimos dias.
Um tribunal russo proferiu nesta sexta-feira (16/4) uma sentença de prisão de dois anos a um colaborador do opositor que trabalhava para o FBK.
Lyubov Sobol, outra colaboradora de Navalny, já havia sido condenada a uma pena suspensa na quinta-feira (15/4) por supostamente entrar na casa de um agente dos serviços de segurança russos.
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