Justiça

Promotoria russa pede que organizações de Navalny sejam declaradas 'extremistas'

A justiça russa condenou Navalny a dois anos de prisão por uma alegada fraude ocorrida em 2014 e que muitos consideram como pretexto para prendê-lo

Agência France-Presse
postado em 16/04/2021 16:15 / atualizado em 16/04/2021 16:16
 (crédito: DIMITAR DILKOFF)
(crédito: DIMITAR DILKOFF)

A Promotoria russa solicitou, nesta sexta-feira (16/4), que várias organizações ligadas ao opositor preso Alexei Navalny sejam consideradas "extremistas" e proscritas.

"Sob slogans liberais, essas organizações se dedicam a criar condições desestabilizadoras da situação social e sócio-política", afirmou a Promotoria de Moscou em um comunicado.

Diante disso, acrescentou, pediu a um tribunal da capital russa que qualifique como "extremistas" o Fundo de Combate à Corrupção (FBK) e seus escritórios regionais.

Segundo o comunicado, "os reais objetivos de suas atividades são criar as condições para mudar os alicerces da ordem constitucional, utilizando até mesmo a estratégia das 'revoluções coloridas'".

Navalny, de 44 anos, anunciou em 31 de março que havia iniciado uma greve de fome para protestar contra as condições de sua detenção e acusou a administração penitenciária de negar-lhe atendimento médico, apesar de sofrer de dupla hérnia de disco, segundo seus advogados.

O opositor disse que os funcionários da prisão ameaçaram forçá-lo a comer.

A justiça russa condenou Navalny a dois anos de prisão por uma alegada fraude ocorrida em 2014 e que muitos consideram como pretexto para prendê-lo.

A repressão judicial contra a oposição intensificou-se nos últimos dias.

Um tribunal russo proferiu nesta sexta-feira (16/4) uma sentença de prisão de dois anos a um colaborador do opositor que trabalhava para o FBK.

Lyubov Sobol, outra colaboradora de Navalny, já havia sido condenada a uma pena suspensa na quinta-feira (15/4) por supostamente entrar na casa de um agente dos serviços de segurança russos.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação