Coronavírus

Chile atinge recorde de 9.171 novas infecções diárias de coronavírus

O aumento das infecções ocorre no Chile simultaneamente ao rápido avanço do processo de vacinação

Agência France-Presse
postado em 09/04/2021 17:50
 (crédito: JAVIER TORRES)
(crédito: JAVIER TORRES)

O Chile divulgou, nesta sexta-feira (9/4), um recorde de 9.171 novas infecções por coronavírus, o maior número diário em mais de um ano de pandemia, que é registrado em paralelo ao rápido processo de vacinação que coloca o país como o terceiro do mundo.

"Esta é uma situação que nos preocupa muito; vivemos um momento crítico na evolução da pandemia", afirmou o ministro da Saúde, Enrique Paris, em mensagem transmitida ao vivo por grande parte da mídia nacional.

O número se completa com um total de 129 mortes registradas no último dia. A covid-19 deixou 24.108 mortes confirmadas e 1.060.421 infectados desde sua chegada ao país em março de 2020.

O Chile agora registra 358 infecções por milhão de habitantes, de acordo com a contagem do OurWorldinData.

Na primeira onda, o maior número de casos diários foi de 6.938, no dia 14 de junho, embora com um número de testes de PCR três vezes menor do que os realizados hoje, que chega a mais de 70.000 diários.

O aumento das infecções ocorre no Chile simultaneamente ao rápido avanço do processo de vacinação. Até sexta-feira (9/4), o pessoal de saúde conseguiu injetar pelo menos uma dose para 7.144.047 milhões de pessoas e duas doses para 4.252.025 milhões, 28% da população-alvo a ser vacinada (15,2 milhões dos 19 milhões de habitantes do país).

O avanço entre os que receberam uma dose posiciona o Chile como o terceiro país em vacinação do mundo, atrás de Israel e Grã-Bretanha.

Especialistas apontam que o levantamento antecipado de restrições (como abertura de academias, cassinos e escolas), a emissão de autorização de férias para outros locais e a falsa sensação de segurança da população após o avanço da vacinação têm contribuído para o aumento das infecções.

O aumento de casos também é atribuído à circulação de novas variantes do vírus e uma má estratégia de rastreabilidade durante um período em que foram mantidos voos para os Estados Unidos e vários países da América Latina, incluindo o Brasil, destino popular na América do Sul durante o férias de verão.

A alta de casos mantém 95% de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva do país, onde, ao contrário do que aconteceu na primeira onda, estão entrando agora mais pacientes com menos de 39 anos do que com mais de 70.

Profissionais de saúde, professores, pacientes crônicos e adultos com mais de 70 anos de idade estão atualmente vacinados com as duas doses.

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