Fórum Geração Igualdade

Fórum Geração Igualdade promove discussões sobre gênero

Evento organizado pela ONU Mulheres aconteceu de 29 a 31 de março

Jonatas Martins*
postado em 01/04/2021 20:49 / atualizado em 01/04/2021 20:50
 (crédito: Kena Betancur/AFP)
(crédito: Kena Betancur/AFP)

O Fórum Geração Igualdade é um evento internacional organizado pela ONU Mulheres que debate os compromissos globais sobre igualdade de gênero, sustentabilidade e juventude. Neste ano, o encontro ocorreu de 29 a 31 de março na Cidade do México e contou com o apoio dos governos do México e da França. 

O evento reúne governos, empresas, especialistas, ativistas e outros integrantes da sociedade civil.
O fórum procura gerar e discutir ideias para fortalecer a igualdade de gênero e os movimentos de juventude. Além disso, os encontros buscam lançar os planos das coalizões de ação global. Esta é a primeira etapa do evento, que continuará no fim de junho em Paris.

Ana Carolina Querino, gerente de programas da ONU Mulheres Brasil, relata que o fórum é um evento proposto para acelerar e debater a realização dos direitos das mulheres. "No fórum, reconheceu-se a importância de endereçar o enfrentamento do racismo como eixo estruturante para não deixar nenhuma mulher ou menina para trás", afirmou a gerente da ONU.

A pandemia de covid-19 trouxe ainda mais dificuldades para as questões de igualdade de gênero. Por isso, Quirino destaca: "As evidências mostram que em crises sanitárias que demandam medidas de isolamento social para seu controle, as mulheres acabam sendo as que mais perdem renda, índice de violência doméstica tende a aumentar, assim como aumenta exponencialmente a carga de trabalho doméstico não remunerado".


Presença Brasileira


Houve presença de representantes brasileiros no Fórum Geração Igualdade. Ana Rosa, coordenadora de gênero do projeto Engajamundo, foi a única brasileira no painel on-line ‘Ação Feminista pela Justiça Climática’ do fórum. Na última terça-feira (30/3), ela comentou sobre igualdade de gênero e questões climáticas no Brasil.


No painel, Ana abordou questões levando em conta a inclusão de pessoas como ela nas decisões tomadas. "O movimento climático que surge de onde estou, na Amazônia, é a luta pela vida e o direito de existir", afirmou a ativista.

Ana Rosa ainda ressalta a necessidade de “espaços de diálogos sendo garantidos também nacionalmente, para que avancemos na agenda da justiça climática”. Para Kinda Van Gastel, coordenadora geral do Engajamundo, é fundamental que a “juventude brasileira tenha voz, enquanto parcela da população que se vê intimamente ligada e comprometida” com os assuntos debatidos em fóruns internacionais do tipo.

* Estagiário sob a supervisão de Mariana Niederauer

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