O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (30) suas primeiras nomeações para cargos de juízes federais, destacando a diversidade de suas escolhas, o que representa uma ruptura com o mandato de Donald Trump.
A juíza afro-americana Ketanji Brown Jackson, de 50 anos, foi nomeada para a Corte de Apelações de Washington, instância conhecida pela importância dos casos que examina. Se for confirmada pelo Senado, a magistrada sucederá a Merrick Garland, agora procurador-geral.
O nome de Brown Jackson já foi mencionado como uma possível indicação para a Suprema Corte. Entre as 11 nomeações de Biden, estão três mulheres afro-americanas para postos da corte de apelação.
Estas indicações representam "a grande diversidade de origens, de experiências e de perspectivas que fazem a força do nosso país", destacou Biden em um comunicado.
De acordo com a Constituição dos Estados Unidos, o presidente faz as nomeações vitalícias dos juízes da Suprema Corte e dos juízes federais, nos tribunais de apelação, ou de primeira instância. Depois, o Senado deve confirmar as indicações.
Durante seu mandato, Donald Trump se mostrou particularmente ativo nesta questão. Em colaboração estreita com o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, o ex-presidente nomeou mais de 200 juízes com visões conservadoras nos tribunais federais.
Ao chegar ao poder, foi apoiado por um Senado de maioria republicana, que havia bloqueado, entre 2014 e 2016, os candidatos apresentados por Barack Obama, apesar de 107 posto de juízes vacantes no período.