Saúde

Breve cronologia sobre gestão da OMS da pandemia de covid-19

Em relatório a Organização Mundial da Saúde mapeia o trajeto da pandemia desde a primeira notificação da doença até a situação atual

Estas foram as principais ações e declarações da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde a notificação dos primeiros casos de covid-19, no final de dezembro de 2019, até a publicação de um relatório sobre as origens da doença.

O relatório, do qual a AFP obteve uma cópia nesta segunda-feira (29/3) antes de sua publicação, considera "entre provável e muito provável" a hipótese de que a covid-19 foi transmitida ao Homem por meio de um animal intermediário.

- O primeiro foco em Wuhan


Em 31 de dezembro de 2019, o escritório da OMS na China notifica casos de "pneumonia viral", depois que o site da comissão da saúde da prefeitura de Wuhan publica uma declaração à imprensa sobre o tema.

No mesmo dia, o serviço de informação sobre epidemias da OMS toma conhecimento de outra informação da imprensa veiculada pelo sistema internacional de alerta de surtos epidêmicos ProMed sobre o mesmo grupo de casos de "pneumonia de origem desconhecida" em Wuhan.

Em 14 de janeiro, a OMS fala de uma possível "transmissão entre humanos limitada", uma observação baseada em 41 casos confirmados.

Nos dias 20 e 21 de janeiro, especialistas da OMS da China e da região do Pacífico Ocidental viajam para Wuhan.

No dia 21, o escritório regional da instituição indica que "agora está muito claro, segundo as últimas informações, que existe uma certa transmissão entre humanos".

- De emergência à pandemia


Em 30 de janeiro, a OMS declara a situação uma "emergência de saúde pública de importância internacional" e, em 11 de fevereiro, dá um nome para a doença: covid-19.

De 16 a 24 de fevereiro, uma missão científica que inclui 25 especialistas de Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Nigéria, Rússia, Singapura, Canadá e da OMS viaja para Wuhan.

No dia 11 de março, a OMS declara uma "pandemia", mas afirma que vários países demonstraram que o vírus, que já causou 4.000 mortes, principalmente na China, pode ser "suprimido, ou controlado".

No dia 24 de abril, a OMS lança o ACT Accelerator, dispositivo internacional que tem como objetivo acelerar a produção de vacinas, tratamentos e mecanismos de diagnóstico contra a covid.

No dia 5 de junho, a instituição orienta o uso de máscaras em locais de grande circulação nas regiões mais afetadas pelo vírus.

Em 7 de julho, reconhece que há evidências de transmissão aérea do coronavírus.

No dia 21 de agosto, recomenda o uso de máscaras a partir dos 12 anos, nas mesmas condições que os adultos.

No dia 16 de dezembro, garante que os viajantes internacionais não precisam ser considerados grupos prioritários para a detecção da doença e se opõe a "certificados de imunidade".

 

- Vacinas e investigação na China


Em 31 de dezembro, a OMS autoriza a vacina Pfizer/BioNTech para uso emergencial. Em 15 de fevereiro, o mesmo ocorre com o medicamento da AstraZeneca e, em 12 de março, com o imunizante da Johnson & Johnson.

Em 11 de janeiro de 2021, o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, exorta todos os países a começarem a vacinar profissionais de saúde e pessoas em risco nos próximos 100 dias.

Em 14 de janeiro, um grupo de especialistas internacionais chega à China para estudar a origem da covid. Sua visita vai até 9 de fevereiro.

Em 1º de março, as primeiras vacinas do dispositivo Covax, um programa para enviar os imunizantes para países com menos recursos, são distribuídas em Gana.

Em 29 de março, o relatório conjunto da OMS e de especialistas chineses conclui que a transmissão aos seres humanos por um animal intermediário é uma hipótese "entre provável e altamente provável", enquanto um incidente em um laboratório permanece "extremamente improvável".

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