Buenos Aires, Argentina - A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou neste domingo (28/3) por ampla margem um projeto que pretende estimular o consumo ao isentar mais de um milhão de trabalhadores do imposto sobre o salário.
A reforma do imposto, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, recebeu 241 votos a favor, nenhum contra e apenas três abstenções de parlamentares da oposição. após uma longa sessão convocada, de modo incomum, para sábado.
"Isto é um passo fundamental para que 1.267.000 de trabalhadores e aposentados deixem de pagar o imposto", afirmou o presidente da Câmara, Sergio Massa, um aliado do presidente Alberto Fernández.
Se a reforma for aprovada pelo Senado, os trabalhadores que recebem até 150 mil pesos (US$ 1.530 no câmbio atual) deixarão de pagar o imposto e receberão de volta o que pagaram desde 1º de janeiro. Atualmente o mínimo não tributável era de salários de até 75 mil pesos (US$ 765) para os solteiros e 99 mil pesos (US$ 1.010) para um trabalhador casado e com dois filhos.
"É uma medida de alívio fiscal voltada para a classe média. São 44,9 bilhões de pesos (US$ 458 milhões) que voltarão para a economia. Tudo para o consumo, o comércio", afirmou Massa, grande incentivador da iniciativa em um ano eleitoral.
Em outubro o país terá eleições legislativas de meio de mandato.