O presidente do Equador, Lenín Moreno, nomeou um novo ministro da Saúde nesta segunda-feira (1/3) após a renúncia de Juan Carlos Zevallos, que deixou o cargo após um escândalo sobre o fornecimento da vacina anticovid.
O presidente, cujo mandato termina em 24 de maio, nomeou o médico Rodolfo Farfán, que desde novembro passado atuava como vice-ministro da Atenção Integral à Saúde da mesma carteira, conforme decreto divulgado pela secretária de Comunicação.
No mesmo documento, Moreno aceitou a renúncia de Zevallos, que se demitiu na sexta-feira e viajou para os Estados Unidos no dia seguinte, segundo a imprensa.
Zevallos, que assumiu o Ministério da Saúde em março do ano passado, é investigado pelo Ministério Público por suposto tráfico de influência depois que vários de seus parentes foram vacinados com as primeiras doses importadas pelo governo.
Até janeiro, o Equador recebeu quase 42.000 doses da vacina Pfizer/BioNTech para imunizar pessoal médico e casas de repouso, de acordo com o plano do governo, que assumia exclusivamente a compra da vacina.
A polêmica aumentou nos últimos dias, quando se soube que pessoas que não faziam parte do grupo prioritário, como jornalistas veteranos e dirigentes esportivos, também haviam sido vacinadas. O ex-funcionário disse à imprensa que a lista dos beneficiários é confidencial.
O país, com 17,4 milhões de habitantes e um dos mais afetados pela pandemia da América Latina, registra 286.367 casos e 15.832 mortes.
O governo de Moreno afirma que negociou a compra de 20 milhões de doses de vacinas anticovid, sendo duas milhões da chinesa Sinovac e cuja aquisição foi anunciada quinta-feira pelo ex-ministro.