Os chefes da diplomacia da Rússia e da China criticaram nesta terça-feira a política dos países ocidentais a respeito das vacinas contra o coronavírus e se defenderam das acusações de "oportunismo", ressaltando que desejam apenas "salvar vidas".
As afirmações foram feitas durante o processo de análise da vacina russa Sputnik V na União Europeia, considerado muito lento por Moscou.
Bruxelas afirma que Rússia e China que estão usando as vacinas com objetivos de "propaganda".
Os países ocidentais "tentam apresentar Rússia e China como oportunistas no que chamam de diplomacia das vacinas. E não é verdade", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que fez uma visita oficial a Pequim.
A política em termos de vacinas deve ser "guiada por critérios de humanidade, pelo interesse em salvar vidas e não por temas geopolíticos ou questões comerciais para deixar os concorrentes para trás", completou, segundo as agências de notícias russas.
"Mais do que dizer que a China deseja fazer uma espécie de diplomacia das vacinas, seria melhor dizer que a China deseja fazer uma ação humanitária", afirmou seu colega chinês Wang Yi.
"Nossa intenção, desde o início, é que o maior número possível de pessoas receba uma vacina o mais rápido possível", insistiu.
Um grupo de especialistas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) viajará à Rússia até 10 de abril para analisar os testes clínicos da Sputnik V, segundo o ministro russo da Saúde, Mikhail Murashko.
Vários países da UE, a Hungria por exemplo, já estão aplicando as vacinas russa e chinesas, ainda não aprovadas pela EMA, para acelerar a campanha de vacinação.
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