ESTADOS UNIDOS

Família de Floyd terá indenização milionária

Correio Braziliense
postado em 12/03/2021 22:10
 (crédito: Seth Herald/AFP)
(crédito: Seth Herald/AFP)

A família de George Floyd, homem negro morto asfixiado por um policial branco, em 25 de maio passado, fechou um acordo milionário com a cidade de Minneapolis, onde o crime ocorreu. Serão pagos US$ 27 milhões (em torno de R$ 149,8 milhões) para encerrar o processo cívil movido contra o governo local.
“É o maior acordo extrajudicial por um caso de morte injusta de um homem negro e envia uma mensagem poderosa de que a vida dos negros importa e de que a brutalidade policial contra pessoas de cor deve acabar”, declararam os advogados da família, em um comunicado.
O acordo não encerra o processo penal contra o agente Derek Chauvin e três colegas pela morte de Floyd. Os procedimentos para o julgamento começaram esta semana, com o processo de seleção de jurados. Sete foram escolhidos. A audiência deve ter início no dia 29.
A acusação tem farto material, inclusive um vídeo no qual Chauvin aparece pressionando seu joelho contra o pescoço de Floyd por nove minutos. “Eu não consigo respirar”, repetia a vítima. Chauvin, que foi expulso da polícia, enfrenta três acusações: assassinato em terceiro grau, assassinato em segundo grau e homicídio culposo.
O episódio comoveu os Estados Unidos e gerou uma onda de protestos, que se alastrou por vários países, contra o racismo e a violência policial.
“A morte horrenda de George Floyd, da qual foram testemunhas milhares de pessoas em todo o mundo, gerou um desejo profundo de justiça e mudança”, assinalou Ben Crump, principal advogado da família Floyd.
Rodney Floyd, um dos irmãos da vítima, declarou que o acordo “é um passo necessário” para que a família inicie um processo de superação. “O legado de George para aqueles que o amaram sempre será seu espírito de otimismo de que as coisas podem melhorar e esperamos que esse acordo consiga isso.”


» “Não vou renunciar”
Acusado de assédio sexual, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, mantém-se firme na decisão de permanecer no cargo, a despeito do crescente número de legisladores democratas influentes que pedem sua saída. “Não vou renunciar”, insistiu Cuomo em uma entrevista coletiva. O governador pediu aos que o querem fora para aguardar o resultado da investigação da Procuradoria Geral do estado sobre a denúncia. “Eu não fiz as coisas das quais me acusam”, garantiu. Cuomo sugeriu ser vítima da “cultura do cancelamento”, segundo ele, em ascensão nos Estados Unidos, que gera polêmica sobre as medidas que devem ser adotadas para enfrentar a discriminação contra minorias raciais, étnicas ou sexuais.

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