A pandemia da covid-19 impediu que 12 milhões de mulheres tivessem acesso à contraceptivos no ano passado, levando a 1,4 milhão de gestações indesejadas, de acordo com um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) divulgado nesta quinta-feira (11).
Essas 12 milhões de mulheres vivem em 115 países. A pandemia as impediu de acessar os serviços de planejamento familiar, de acordo com um comunicado da principal agência da ONU sobre saúde sexual e reprodutiva.
“As gravidezes não param durante as pandemias ou crises. Devemos garantir que as mulheres e meninas tenham acesso ininterrupto a anticoncepcionais e medicamentos para a saúde materna”, declarou a diretora do UNFPA, Natalia Kanem, no comunicado.
“O impacto devastador da covid-19 nas vidas de milhões de mulheres e meninas no ano passado ressalta a importância vital de garantir a continuidade dos serviços de saúde reprodutiva”, disse.
De acordo com o relatório, o acesso a anticoncepcionais caiu em 2020, quando as mulheres redirecionaram seus recursos financeiros devido a restrições de viagens.
Segundo dados coletados pela agência da ONU, as dificuldades de acesso aos programas de planejamento familiar foram observadas principalmente durante os meses de abril e maio.
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