A executiva chinesa da Huawei Meng Wanzhou voltou a comparecer a um tribunal canadense nesta segunda-feira (1º/3), na etapa final da batalha para evitar a sua extradição para os Estados Unidos, após mais de dois anos de uma disputa legal e diplomática.
A filha de Ren Zhengfrei, fundador e diretor executivo da empresa, enfrenta nos Estados Unidos acusações de fraude bancária e conspiração, devido às atividades comerciais de uma ex-subsidiária da Huawei, que teria violado as sanções dos Estados Unidos contra o Irã.
Wanzhou é acusada de ter mentido ao banco de investimentos HSBC sobre a relação da Huawei com a subsidiária Skycom, colocando o banco sob o risco de violar as sanções americanas. Se for declarada culpada, ela poderá pegar mais de 30 anos de prisão nos Estados Unidos. Tanto a executiva quanto a empresa, maior fabricante mundial de equipamentos de telecomunicação, negam as acusações.
No momento em que o caso entra em seus últimos meses, os advogados de defesa irão alegar que os abusos cometidos por Canadá e Estados Unidos tiraram de Wanzhou o direito a um processo justo. Nesta segunda-feira, eles argumentaram que a executiva não poderia ter enganado as autoridades do HSBC durante uma reunião em Hong Kong em 2013, porque o banco já sabia que a Huawei ainda controlava a Skycom, apesar de tê-la vendido em 2007 à empresa fantasma Canicula Holdings.
O caso afetou as relações diplomáticas entre o Canadá e a China, seu segundo maior parceiro comercial, atrás dos Estados Unidos.
Meng permanece em prisão domiciliar em sua mansão na cidade canadense de Vancouver. O final de seu julgamento de extradição está previsto para meados de maio, se não houver apelações.
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