Washington, EUA - A execução de um americano condenado à morte pelo assassinato de uma mulher há 30 anos, prevista para quinta-feira (11/2), foi suspensa no último minuto pela Suprema Corte, que considerou ilegal a ausência do capelão. Willie Smith, de 52 anos, receberia uma injeção letal na prisão de Holman, em Atmore, estado do Alabama, sudeste dos Estados Unidos.
Em 1991, o condenado sequestrou uma mulher de 22 anos em um caixa eletrônico e, ameaçando-a com uma arma, obrigou-a a fornecer a senha do cartão de crédito. Depois, ele a levou à força para um cemitério onde a matou com um tiro na cabeça. Ele colocou o corpo da jovem no carro e o incendiou.
Um ano depois, foi condenado à morte por um júri. Desde então, seus advogados tentam evitar o cumprimento da sentença, destacando os problemas mentais do condenado.
Nas últimas semanas, eles reintroduziram vários recursos, incluindo a necessidade de um capelão estar na mesma sala que Smith quando recebesse a injeção letal, algo que atualmente é proibido na prisão devido à pandemia do coronavírus.
Smith desejava que um religioso o acompanhasse neste momento e os tribunais deram razão a ele na quarta-feira. As autoridades do Alabama se opuseram e apelaram à Suprema Corte, que rejeitou o pedido na quinta-feira à noite.
Os juízes consideraram que "Smith não pode ser executado sem a presença do pastor" que o condenado havia solicitado. Sua execução pode ocorrer nas próximas horas se o estado autorizar a presença do religioso na sala.
O governo do ex-presidente Donald Trump retomou as execuções em julho passado e, desde então, 13 sentenças de morte foram aplicadas. O presidente Joe Biden se opõe à pena de morte, que já foi abolida em 22 estados do país e está temporariamente suspensa em três outros.