Imunização

Controle de exportações da Europa freará vacinação no país, alerta Japão

A menos de seis meses da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados no ano passado devido à pandemia, o Japão ainda não anunciou o cronograma de sua campanha de vacinação populacional, que espera começar antes do final de fevereiro

A nova norma da União Europeia (UE) para controlar a exportação de vacinas contra a covid-19 produzidas em seu território vai desacelerar a implantação da campanha de vacinação no Japão - advertiu o ministro japonês da Reforma Administrativa, Taro Kono, nesta terça-feira (2).

A menos de seis meses da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados no ano passado devido à pandemia, o Japão ainda não anunciou o cronograma de sua campanha de vacinação populacional, que espera começar antes do final de fevereiro.

A UE, onde a distribuição de vacinas também está em atraso, adotou na última sexta-feira um mecanismo para controlar as exportações de vacinas produzidas em seu território e evitar o escoamento de doses destinadas aos europeus. A medida foi denunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Por causa disso, não conseguimos finalizar nosso calendário de fornecimento", afirmou Kono, responsável por fiscalizar a distribuição de vacinas no país.

Ele também pediu a adoção de padrões internacionais para evitar que os países "caiam no nacionalismo vacinal" e disse esperar que Bruxelas "não faça nada que afete um calendário de distribuição que já está decidido".

No ano passado, o Japão concluiu acordos com as farmacêuticas AstraZeneca e Pfizer, que têm fábricas na União Europeia, assim como com a americana Moderna, para obter doses suficientes para os seus quase 126 milhões de habitantes.

As autoridades de saúde japonesas ainda não aprovaram nenhuma dessas vacinas, à espera dos dados de outros testes clínicos no Japão.