O ministro da Saúde do Equador, Juan Carlos Zevallos, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (26), anunciou o presidente Lenín Moreno em meio a um escândalo pela aplicação da vacina anticovid em pessoas fora do combate à doença.
"Há aqueles que só enxergam erros. Respeito essa opinião. Eu prefiro lembrar do ministro que aceitou a difícil tarefa de conduzir a saúde do país na pior crise sanitária vivida pelo Equador e pelo mundo, e que com trabalho e sacrifício ajudou a salvar centenas de milhares de vidas", disse o presidente no Twitter.
Em uma carta divulgada pelo presidente junto à sua mensagem, Zevallos apresentou sua renúncia irrevogável ao cargo que ocupava há onze meses "dada a situação política atual e com o objetivo de possibilitar a continuidade" do plano de vacinação, iniciado em janeiro.
"As políticas de saúde permitirão que, até o fim de seu governo, mais de dois milhões de pessoas estejam vacinadas", acrescentou.
Zevallos, que assumiu o ministério da Saúde no pior da pandemia no Equador, é acusado de um suposto tráfico de influências depois que vários de seus familiares foram vacinados com as primeiras doses importadas pelo governo.
A Promotoria abriu a investigação depois de denúncias de diversos setores de que familiares do agora ex-ministro, entre eles sua mãe, que vivem em um lar de idosos de uma clínica privada, foram imunizados por parte de uma equipe de um hospital público de Quito.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.