Hong Kong e Coreia do Sul iniciaram nesta sexta-feira (26) suas campanhas de vacinação contra a covid-19. A Coreia do Sul pretende vacinar 70% de sua população nos próximos sete meses, enquanto Hong Kong espera que todos os adultos estejam vacinados até o fim do ano.
Os dois territórios estiveram entre os primeiros a registrar casos de coronavírus, após a detecção da covid no fim de 2019 na região central da China.
Ambos conseguiram controlar a propagação da doença com medidas rígidas de quarentena para os viajantes procedentes do exterior, o respeito às medidas de distanciamento social e uma estratégia muito eficaz de testes e de detecção.
As campanhas de vacinação começam poucos dias depois do início da imunização na Austrália e Nova Zelândia.
Enquanto Estados Unidos e Europa já vacinaram milhões de pessoas, os países da região Ásia-Pacífico estão atrasados.
A China é o segundo país que mais administrou doses, mais de 40 milhões. Mas não conseguiu alcançar a meta de 50 milhões de vacinados até meados de fevereiro.
Quanto ao Japão, iniciou sua vacinação em meados de fevereiro. Na Coreia do Sul, a televisão transmitiu nesta sexta-feira de manhã o lançamento da campanha de vacinação em um centro médico em Seul, na presença do presidente Moon Jae-in.
O primeiro-ministro Chung Sye-ky exortou todos os cidadãos a serem vacinados, convidando-os a "dar um passo em frente para alcançar novamente os dias de que tanto sentimos falta".
Em Hong Kong, as primeiras doses foram administradas à população nesta sexta. As autoridades correm o risco de encontrar dificuldades para convencer os habitantes a aceitarem a vacina, que é produzida por um laboratório chinês, pois a desconfiança da população em relação a Pequim é grande.
Na semana passada, a ex-colônia britânica aprovou o uso emergencial da vacina contra a covid-19 da Sinovac, apesar dos resultados ruins em termos de eficácia.
Um primeiro lote de um milhão de doses chegou a Hong Kong 24 horas depois. Os dados comunicados pelo laboratório Sinovac mostram uma taxa de eficácia entre 50% e 62%.
Até agora, a demanda tem sido alta: cerca de 70.000 habitantes de Hong Kong reservaram as primeiras datas disponíveis.
"Tenho absoluta confiança nos produtos da nossa pátria", declarou nesta sexta uma senhora idosa que estava sendo vacinada. As autoridades de Hong Kong encomendaram previamente 22,5 milhões de vacinas de três laboratórios: Sinovac, BioNTech e AstraZeneca.
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