Londres, Reino Unido - Os soldados que foram expulsos do Exército britânico por sua orientação sexual ou identidade de gênero poderão recuperar suas medalhas, anunciou nesta terça-feira (16) o Ministério da Defesa.
Até uma mudança na legislação em 2000, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros não podiam servir no Exército britânico.
Alguns foram expulsos (entre 200 e 250 por ano, segundo o jornal The Guardian) e perderam suas medalhas quando foram desmobilizados.
Em seu site, o Ministério da Defesa declarou estar "empenhado em remediar esse erro histórico", implementando "uma política que permita a essas pessoas reivindicarem a devolução de suas medalhas".
Os soldados afetados - ou seus parentes próximos, caso já tenham morrido - podem agora solicitar que seu caso seja examinado e receberão uma nova medalha se o caso for aprovado.
O primeiro-ministro Boris Johnson comemorou a notícia, que permitirá "enfrentar um erro histórico" e reparar esta "enorme injustiça".
O anúncio também foi saudado pela associação de veteranos Fighting with Pride, que acolheu com agrado este "regresso dos veteranos LGTB+ à família militar (...) onde serão reconhecidos pelos seus serviços".
A mudança ocorre após a batalha legal do ex-veterano da Guerra das Malvinas Joe Ousalice, que no ano passado conseguiu reaver a medalha que lhe foi confiscada quando foi forçado a deixar a Marinha Real por causa de sua orientação sexual.
Natural de Southampton, agora com 70 anos, ex-operador de rádio que também serviu no Oriente Médio e na Irlanda do Norte durante sua carreira de 18 anos, foi destituído de sua medalha por seus anos de serviço e boa conduta após ser condenado por um conselho de guerra em 1993 por sua bissexualidade.
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