Imunização

Argentina envia avião para buscar na Rússia terceira remessa de vacinas Sputnik V

A Argentina recebeu até o momento 600 mil doses das 19,4 milhões que a Rússia se comprometeu a entregar até o final de fevereiro

Um avião vai partir na noite desta terça-feira (26) de Buenos Aires rumo à Rússia para buscar um terceiro lote de vacinas Sputnik V contra a covid-19, uma viagem que sofreu atrasos desde sua programação inicial no domingo passado, informou a companhia Aerolíneas Argentinas.

"No dia de hoje (terça-feira), às 21h, parte o terceiro voo da @Aerolineas_AR rumo à Cidade de Moscou para trazer ao país novas doses da vacina Sputnik V", informou no Twitter Pablo Ceriani, presidente da empresa aérea.

O voo AR1062 "partirá do Aeroporto de Ezeiza e serão no total 40 horas de operação", detalhou, ao explicar que se trata de "um importante trabalho logístico que implica a coordenação entre diferentes atores de ambos os países".

A aeronave deveria ter decolado com destino à Rússia no domingo passado para trazer uma terceira carga de vacinas do laboratório russo Galameya, mas o voo foi remarcado à espera da "confirmação de todos os atores que participam da cadeia logística", explicou Ceriani anteriormente.

Mais cedo nesta terça, uma fonte do governo argentino havia dito à AFP que o voo "ainda não" estava programado.

A Argentina recebeu até o momento 600.000 doses das 19,4 milhões que a Rússia se comprometeu a entregar até o final de fevereiro. O acordo contempla a possibilidade de comprar mais cinco milhões.

O presidente de centro-esquerda Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, também receberam a vacina.

A campanha de imunização voluntária terá como prioridade os maiores de 60 anos na próxima etapa.

O governo argentino afirmou que "tem garantidas mais de 51 milhões de doses".

Além do contrato com o Gamaleya, a Argentina tem acordos de abastecimento coma Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O país também negocia a chegada da vacina fabricada pela Pfizer.

A Argentina, com 44 milhões de habitantes, reportou mais de 1,8 milhão de casos de covid-19 e 47.000 mortes.