O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o líder do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, na terça-feira (19/01), ao término de uma visita de um mês à ilha e condenou a inclusão do país na lista norte-americana de patrocinadores do terrorismo.
Na reunião, o ex-presidente brasileiro (2003-2011) entregou uma carta ao presidente Miguel Díaz-Canel, na qual expressou sua indignação com a decisão do governo de Donald Trump de devolver Cuba à lista negativa de patrocinadores do terrorismo e classificou essa ação como uma "manobra desprezível e oportunista", segundo carta publicada em sua conta no Twitter.
"Agradecemos pela visita fraterna e pela mensagem de solidariedade do irmão ex-presidente @LulaOficial, ante a inclusão de #Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo", tuitou o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
No documento, Lula diz ainda que, durante o mês em que esteve em Cuba, cresceu sua admiração pelo cuidado com que o país enfrenta a pandemia do coronavírus.
Apesar do aumento de casos nas últimas semanas, Cuba continua mantendo uma baixa incidência da doença, com 175 mortes e 18.773 infecções desde o início da pandemia. São números muito mais favoráveis do que os apresentados por seus vizinhos México e Estados Unidos, por exemplo.
Durante o noticiário da televisão estatal, foram exibidas imagens do encontro, no qual Lula agradeceu a Cuba por sua solidariedade, quando o ex-presidente esteve preso por supostos atos de corrupção.
Lula chegou a Cuba em dezembro passado para participar de um documentário sobre América Latina dirigido pelo cineasta americano Oliver Stone.
Amigo pessoal do falecido líder cubano Fidel Castro (1926-2016), Lula fez inúmeras viagens à ilha antes de ocupar o cargo. Também visitou o país em 2010 como presidente.