ESTADOS UNIDOS

Extrema direita planeja atos com armas nos Estados Unidos, alerta o FBI

O alerta do órgão constava em um memorando, que é uma espécie de "produto bruto de inteligência", que compila informações coletadas pelo FBI e por outras agências do governo

O FBI alertou que grupos de extrema direita planejam manifestações armadas nas capitais dos Estados neste fim de semana. Dias após a invasão do Capitólio, o aviso provocou uma corrida dos governadores para reforçar a segurança a prédios administrativos e evitar que as cenas vistas em Washington se repitam em escala local.
O alerta do órgão constava em um memorando, que é uma espécie de "produto bruto de inteligência", que compila informações coletadas pelo FBI e por outras agências do governo. Algumas das ameaças não foram checadas e provavelmente haverá diferença entre os atos de um lugar para o outro, mas a informação é de que há planos de extremistas para todas as 50 capitais dos Estados.
Os dados destacados no memorando causaram preocupação. Há informações sugerindo que extremistas poderiam invadir escritórios do governo ou iniciar um levante em defesa de um segundo mandato de Trump - que perdeu as eleições no voto popular e também no colégio eleitoral.
O FBI não quis comentar o memorando, revelado em primeira mão pela ABC News. Autoridades de muitos Estados já começaram a tomar medidas para aumentar a segurança e planejar respostas mais duras aos protestos em comparação ao que foi visto na semana passada.
No sábado, manifestantes armados cercaram o Capitólio de Kentucky. Vestidos com roupas camufladas e carregando armas de assalto e algemas, prometeram continuar a apoiar Trump enquanto protestavam contra o governador democrata Andy Beshear e o líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell.
Em Wisconsin, funcionários do Estado começaram a proteger as janelas do Capitólio estadual na segunda. No Arizona, funcionários públicos ergueram uma cerca de arame de dupla camada ao redor do complexo do Capitólio, em Phoenix.
O governador democrata de Washington, Jay Inslee, convocou 750 soldados da Guarda Nacional para ajudar a proteger o Capitólio. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.